A fisioterapeuta Ana Carolina Barbosa, que está internada no Hospital São José há 21 dias, e a mãe dela, Maria Balan Barbosa, não seguraram as lágrimas enquanto acompanhavam a apresentação das bailarinas do Festival de Dança de Joinville.

"A gente está muito tempo aqui dentro e acaba ficando angustiada, ansiosa. Então as apresentações foram momentos de alegria que preencheram a alma", diz Ana Carolina, que assistiu pela primeira vez a apresentações do Festival de Dança de Joinville.

Ela e a mãe moram em Mafra, no Planalto Norte. "Nos sentimos acolhidas com a apresentação de dança", relatou Maria, ainda emocionada ao fim das coreografias e agradecendo pela oportunidade de assistir.

As coreografias puderam ser assistidas em dois momentos. O primeiro, na recepção da unidade hospitalar, quando os servidores que atuam naquele espaço e quem aguardava para fazer visita aos pacientes puderam assistir. E depois, no memorial, onde além dos servidores, estavam pacientes e acompanhantes.

Quem também aproveitou o momento para se distrair foi o paciente Pedro José de Paula, que aos 87 anos está se recuperando de um AVC. "Estou 34 dias aqui no hospital, foi muito lindo ver as bailarinas se apresentando. E é bom para distrair a cabeça", conta.

Está não foi a primeira vez que a magia da dança tomou conta do Hospital São José. Em outros anos, antes da pandemia, os bailarinos também circulavam pela unidade e levavam alegria aos pacientes.

"Como estamos na Capital Nacional da Dança, esse é um momento muito importante para trazer essa sensação de bem-estar no hospital. A maioria das pessoas que estão aqui, estão devido alguma doença ou acidente, então poder proporcionar esse momento de alegria e descontração é fundamental para melhorar o ânimo e trazer alegria para o ambiente", explica o diretor executivo do Hospital São José, Arnoldo Boege Junior.

As coreografias de dança contemporânea e jazz foram apresentadas pelas bailarinas Aleisha Rodrigues, da T Class companhia de dança de Joinville; Clara Brune Santos Silva e Ariane Vitória, da companhia Dançoar, de Minas Gerais.

"Foi bem gratificante trazer a paz e a alegria do Festival de Dança aqui para dentro do hospital", diz  Aleisha, que mora em Joinville.